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Estudante do Liceu Salesiano, Alice Barbarino (segunda da dir. para a esq. na fila de trás), obteve nota 10 na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (Fotos: divulgação)

Competições preparam alunos para atender as múltiplas inteligências necessárias no Século XXI

Desbravar o complexo mundo da diplomacia em uma simulação onde você tem de representar o seu país ou participar de uma competição de astronomia que lhe desafia a aplicar aprendizados vistos nas aulas de física. Parece difícil? Mas esses têm sido desafios comuns nas vidas dos estudantes da Rede Salesiana em Salvador, que vêm se destacando em olimpíadas de conhecimento.

Inspiradas nas Olimpíadas dos esportes, em que atletas do mundo inteiro disputam por medalhas e cultivam seus laços culturais e o espírito de excelência, estas competições intelectuais envolvem estudantes, normalmente de ensino fundamental ou médio, que fazem provas individuais ou participam de dinâmicas em grupo.

Nos últimos meses, Samara Gisela, 17 anos, estudante do Salesiano Dom Bosco, se preparou para esse desafio ao lado de outros 50 alunos da Rede Salesiana. Agora, ela é uma das quatro estudantes da instituição aprovadas na Simulação da ONU, um teste imersivo em que o aluno trabalha intensamente habilidades diplomáticas.

Aluna do Salesiano Dom Bosco, Samara Gisela (primeira, da dir. para esq.) é uma das quatro estudantes da instituição aprovadas na Simulação da ONU

 

O evento acontece anualmente, durante um final de semana, em um teatro ou auditório, onde os estudantes aprendem a lidar com conflitos da atualidade, buscando o consenso. “Foi uma experiência incrível. Eu sempre achei olimpíadas de conhecimento extremamente interessantes e importantes. Avançar para a segunda fase da Simulação da ONU foi, além de uma nova experiência, um avanço nos meus estudos e conhecimentos”, comenta Samara, cujas disciplinas favoritas são História, Filosofia, Sociologia e Ensino Religioso.

Responsável por orientar os estudantes dos Salesianos Bahia, o professor de História Igor Mascarenhas ressalta que a competição é uma grande oportunidade para aqueles que têm afinidade com as Humanidades e querem desenvolver habilidades relacionadas à escuta, oratória e poder de negociação.

“As competências comunicacionais vão muito além da elaboração de um texto, de uma redação ou de uma fala. Há muitos recursos não-verbais na comunicação. Um evento como esse mobiliza essas competências e as múltiplas inteligências necessárias no Século XXI”
Igor Mascarenhas, orientador da Simulação ONU e professor de História dos Salesianos Bahia

 

No final do ano, Samara e outros três colegas viajarão a Brasília para participar da segunda fase do evento, em que concorrerão com estudantes de todo o Brasil a uma viagem para conhecer a Harvard Model United Nations, maior e mais prestigiada atividade dessa natureza das Organizações das Nações Unidas do mundo.

Além da simulação da ONU, os Salesianos Bahia participam, desde 2015, de algumas competições, a exemplo da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), Olimpíada Nacional de História do Brasil (OBNH), Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Desde então, os alunos são premiados com medalhas de ouro, bronze ou prata. Em 2022, a rede já soma mais de 50 medalhas conquistadas.

Alice Barbarino, 17 anos, estudante do 3º ano do Liceu Salesiano, obteve nota 10 na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica e agora vai viajar para São José dos Campos, onde participará de uma edição da Jornada Espacial. Na preparação para a prova, Alice revisou conceitos de física, fez diversos simulados e intensificou a presença nas monitorias. “Quando vi os primeiros simulados, pensei que não ia conseguir de jeito nenhum, porque trazia conceitos que eu me lembrava muito pouco”, diz, ao explicar que apesar das questões serem de múltipla escolha, é obrigatório que o estudante anexe todos os cálculos e justificativas às respostas.

“Quando me avisaram que eu fechei a prova, que obtive nota máxima, eu não acreditei. Não acreditei que dez dias de preparação teriam dado conta do que foi a Olimpíada para mim, mas, na verdade, penso que não foram só dez dias, mas todas as coisas que construí ao longo do Ensino Médio”, pondera. “Foi muito gratificante, às vezes eu ainda me pego pensando. É real, sabe? Aconteceu!”, conclui, cheia de felicidade.

Fonte:  www.correio24horas.com.br